Um dos destaques da programação do I Seminário Executivo SUCESU-RS foi o painel "Inteligência Artificial nos negócios: Realidade X Ficção?". O momento de conversa foi mediado por Pedro Martini, Diretor de TI das Lojas Colombo, e reuniu profissionais experientes do mercado: Alex Winetzki, Founder e CEO da Woopi Stefanini, Fábio Machado, Head de Inovação da Panvel Labs do Grupo Panvel, Kelly Sganderla, Consultora Sênior de Inovação em Processos da iProcess, e Marcelo Manoel, Diretor de TI do Grupo Arezzo&Co.
Logo no início do painel, Pedro Marini comentou que o assunto não é novo: há 31 anos, ele já estudava inteligência artificial na faculdade. Segundo ele, o que mudou é que se passou a entender as possibilidades comerciais de massificar a AI, além do fator midiático que tem explorado o tema, como no caso do Chat GPT. A discussão sobre o Chat GPT levou às reflexões no mercado de trabalho e formação de novos profissionais. Academicamente, os painelistas concordam que é necessário ter cuidado nas pesquisas para referenciar adequadamente.
"Eu passo a ter um tutor que conversa comigo e sabe tudo. Tenho um sistema que discute informações, por isso o efeito do Chat GPT é tão grande", explicou Alex Winetzki. Ele lembrou ainda que isso também diminui as barreiras entre os profissionais: "o que antes um desenvolvedor levava uma semana para resolver, hoje em dia resolve em um, por isso há menos barreira entre o desenvolvedor junior e o pleno".
Fábio Machado compartilhou que a Panvel tem experimentado alguns testes com Chat GPT para automação de processos internos. Para Kelly Sganderla, haverá uma grande transformação nos processos de análise, principalmente porque o Chat GPT permite maximizar a produtividade, mas o ser humano não pode transferir a responsabilidade para a inteligência artificial.
A ética foi um dos principais pontos abordados pelos painelistas. Fábio Machado salientou que o uso da IA sem nenhum regramento e construção ética é perigoso. Já a Consultora Sênior de Inovação em Processos da iProcess citou que a IA não tem intenção: a intenção é da pessoa que a está usando para alguma coisa específica. Ainda neste tópico, Marcelo Manoel destacou que, de fato, a inteligência artificial não tem consciência: "nós é que direcionamos o objetivo da nossa IA, e devemos direcionar para que consigamos extrair o melhor resultado para obter o lucro", afirmou.
Os painelistas ainda citaram que todo esse contexto e novas ferramentas também mudam e desafiam a segurança da informação e que não há diretrizes para a utilização das informações disponibilizadas para a inteligência artificial. Hoje, a IA já é capaz de decidir pelos humanos, incluindo o gosto pela música, o parceiro amoroso e filmes, lembrou Kelly. Seguindo essa lógica, Alex Winetzki resumiu com uma comparação o contexto atual: "nossos melhores amigos serão entidades digitais, porque nós vamos disponibilizar essas informações para eles".
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