Um dos temas principais no I Seminário Executivo SUCESU-RS foi um conceito que tem gerado muitas dúvidas: a nova economia. Além de abordar o tema e o seu histórico, o keynote desta edição, Diego Barreto, apresentou os desafios que as empresas de tecnologia estão enfrentando para se adaptar. O recado da palestra foi principalmente para as empresas que insistem nos modelos tradicionais: elas perderão oportunidades e talentos.
Diego Barreto é autor do best seller "Nova Economia" e Vice-Presidente de Finanças e Estratégia do iFood, além de acumular mais de 15 anos liderando projetos e estratégias para empresas nacionais e internacionais. O keynote levou para o Seminário uma nova perspectiva que também estava alinhada ao tema principal do evento: "Experiência e Relacionamento na Era Digital". Segundo ele, o perfil do usuário mudou na nova economia, o que transforma o relacionamento em algo ainda mais importante.
Logo no início da palestra, Barreto lembrou que há muitas discordâncias no novo cenário mundial, mas há uma beleza em concordar e discordar. Toda discodância gera um incômodo que leva a reflexões e traz valor ao pensamento, de acordo com ele. Na tecnologia, a capacidade de microprocessamento e a lógica da sociedade conectada graças às telecomunicações traz um novo ponto de vista econômico. Esses dois fatores impulsionam a tecnologia digital. "Essa última tecnologia, sem dúvida, é o que tem mais efeito poderoso sobre as transformações no Brasil durante os últimos 15 anos", afirmou o keynote.
O grande diferencial é que na nova economia a tecnologia está mais acessível. Ao contrário da economia baseada no hardware, que gera concentração e diminui a competição, a tecnologia digital inverteu a lógica do acesso e "massificou" a tecnologia. Um dos exemplos que Diego Barreto citou foi o recente e popular Chat GPT, uma tecnologia que todos recebem ao mesmo tempo e também acessam simultaneamente: "existe o mesmo nível de oportunidade e acesso", explicou.
Economicamente, Barreto salientou que tudo isso também abre oportunidades para novas empresas sendo criadas de uma base que não é a partir do privilégio e com pouco capital, que são aquelas baseadas na tecnologia digital. "Se você começar negócios a partir da tecnologia digital, as barreiras diminuem substancialmente", destacou o keynote, acrescentando que isso tem incomodado o mercado tradicional.
Para finalizar a palestra, Barreto ainda abordou sobre o mercado brasileiro. Ele observou que, de forma geral, as empresas nacionais são de tecnologia, visam apenas o capital. De acordo com ele, a tecnologia digital vai mudar essa mentalidade: as empresas começam a entender o processo de competitividade na convergência de múltiplas tecnologias no negócio. A partir dessa mudança, elas ganham capacidade de angariar dados e passam a ter um nível de gestão maior.
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