Varejo & Tecnologia: empresas aceleram investimentos em inteligência artificial, integração de sistemas e gestão em nuvem para fortalecer vendas
- Camila Guerreiro

- 7 de out.
- 2 min de leitura

Com salto em investimentos, o uso da tecnologia no varejo mundial já é tendência. A expectativa é que até o fim de 2025, o setor movimente mais de US$ 285,7 bilhões em digitalização, segundo apontam as projeções da consultoria Mordor Intelligence. No Brasil, o cenário acompanha o mesmo ritmo: 79% dos empresários afirmam que pretendem ampliar seus aportes em tecnologia em 20% ou mais nos próximos anos, impulsionados pela necessidade de inovação e pela transformação nos hábitos de consumo.
A digitalização de empresas já não é vista como um diferencial, mas sim como uma condição de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. O avanço de plataformas de e-commerce e a fusão entre ambientes físicos e digitais transformaram a forma como o consumidor se relaciona com as marcas.
Principais investimentos
Com a busca por personalização, agilidade na entrega e interações mais inteligentes, empresas se veem obrigadas a investir em sistemas de gestão em nuvem, controle de inventário em tempo real e soluções baseadas em dados capazes de prever demandas e otimizar a logística.
Neste cenário, o uso de inteligência artificial se consolida como um dos pilares dessa transformação, auxiliando na análise de comportamento do consumidor, na automação de processos e na integração de diferentes áreas do negócio. Essa integração é apontada como fundamental para o ganho de eficiência e para a criação de experiências mais consistentes entre canais físicos e digitais. Com isso, o setor passa a operar de forma mais descentralizada e com maior capacidade de resposta às variações do mercado.
Apesar dos avanços, a jornada digital ainda encontra desafios importantes. A resistência cultural e a falta de visão estratégica dificultam a implementação de projetos de inovação em boa parte das empresas, enquanto gargalos estruturais mantêm o país abaixo da média de digitalização de nações da OCDE. Ainda assim, o varejo brasileiro já se destaca como um dos setores mais maduros digitalmente, atrás apenas do financeiro. O sucesso dos próximos passos dependerá da capacidade das empresas de integrar tecnologias e fortalecer culturas internas voltadas à inovação e à adaptação constante.











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